A verminose é um dos maiores problemas enfrentados pela caprinoovinocultura, sendo responsável pelo maior numero de mortes nos rebanhos, podendo atingir uma mortalidade de 30 %. Ela é uma doença parasitaria causada por diversas espécies de vermes que acometem ovinos e caprinos de todas as idades, porém os animais jovens são os que apresentam maiores gravidades.
O animal pode ser contaminado ao consumir água ou alimento que contenha larvas dos vermes. Uma vez contaminado o animal apresenta alguns sintomas de perda de apetite, emagrecimento, mucosa ocular de cor branca, edema de papada, diarreia e pelos arrepiados.
Em meio a todos os danos que essa doença pode causas, existem algumas praticas de manejo que contribui para reduzir a contaminação no rebanho, e reduz a aplicação de medicamentos. Essas práticas vão desde a escolha da gramínea ate o pastejo.
- Evitar uma lotação muito alta na área;
- Escolher uma gramínea que apresente um porte maior que 15 cm, pois as larvas vivem na parte basal da gramínea;
- Adotar o pastejo rotacionado, associando á utilização de controle biológico, com o pastoreio alternado entre caprinos ou ovinos com outras espécies;
- Dividir os animais em lotes (separar animais adultos dos jovens);
- Manter as instalações sempre limpas, depositando os estercos na esterqueira;
- Manter os bebedouros e comedouros sempre limpos e, se possível, fora das baias.
- Fornecer água e alimentos de boa qualidade.
- Vermifugar os cordeiros e cabritos a partir da terceira semana após o início do pastejo e as fêmeas 30 dias antes do parto.
- Ao adquirir um animal deve realizar a vermifugação antes de incorporá-lo ao rebanho.
- Não usar vermífugo sem critério, para evitar que os vermes venham a ter resistência aumentar a resistência ao mesmo e trocar o tipo de vermífugo utilizado a cada ano.
Uma das recomendações é de não vermifugar todo o rebanho, atualmente existe alguns métodos que permite examinar os animais e detectar a infestação de vermes. Um desses métodos é o (OPG) ovos por gramas de fezes. Este exame é feito em laboratório, analisando uma contagem do numero de parasitas nas fezes, sendo indicado o uso da medicação quando a contagem de ovos for superior a 1000 ovos/gramas. A outra forma é analisar a mucosa ocular dos animais pelo método conhecido como FAMACHA. Ele auxilia na identificação de animais anêmicos no rebanho, para tal é usado um cartão de cores que vai de um tom vermelho forte ate um tom claro, essas corres corresponde a níveis de 1 a 5, sendo que o animal acima do nível 3 deve ser vermifugado.
De acordo com a EMBRAPA o exame da FAMACHA deve ser realizado a cada 7 dias em regiões onde a pastagem é cultivada e há grande incidência de verminoses. Em regiões de caatinga deve ser feito o exame a cada 15 dias no período chuvoso e no período sedo a cada 30 dias.
A Embrapa Caprinos e ovinos recomenda para as regiões semi-áridas o seguinte esquema de vermifugações:
Vermifugação | Mês de realização |
Primeira (Vermifugar todo rebanho) | Junho/Julho |
Segunda (60 dias após a primeira) | Agosto/Setembro |
Terceira ( Penúltimo mês do período seco) | Novembro |
Quarta (meados da estação chuvosa) | Março |
A verminose, sem dúvida contribui de forma significativa para os baixos desempenhos do rebanho e consequentemente afeta a lucratividade da atividade. No entanto quando as praticas de manejo sanitário são adotadas e desenvolvidas de forma correta os resultados são positivos.
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