As parasitoses intestinais são um agravo ainda na produção animal, se tornando mais relevante quando o sistema de produção é feito de forma extensiva, devido aos animais estarem mais expostos aos agentes parasitários. Entre as parasitoses, destacam-se as nematodíases, cujos danos à saúde do animal estão relacionados aos agentes etiológicos e susceptibilidade do hospedeiro. Contudo, as nematodíases produzem efeitos deletérios que influenciam na capacidade produtiva, conversão alimentar e taxa de crescimento. Às helmintíases gastrintestinais ocupam lugar de destaque dentre os fatores que interferem na atividade pecuária, onde os prejuízos além de estarem relacionados ao retardo na produção, também elevam os custos com tratamentos profilático e curativo e em casos extremos, a morte dos animais.
A incidência das parasitoses principalmente na caprinocultura se dá pela forma intensiva e espaços físicos reduzidos favorecendo então a incidência das parasitoses, as quais ocupam um lugar de destaque entre os fatores que limitam a produção caprina. Entre os parasitos que infectam pequenos ruminantes estão os pertencentes às classes Nematoda, Cestoda e Trematoda. Os principais gêneros parasitos de caprinos e ovinos são: Haemonchus, Trichostrongylus, Strongilóides, Moniezia, Cooperia, Oesophagostomum, Trichuris e Cisticercus (RIET-CORREIA, et all, 2003 e AMARANTE, 2005). Alia-se ao problema da verminose, a existência de casos, cada vez mais comuns de resistência a anti-helmínticos, principalmente tratando-se do Haemonchus contortus (AMARANTE, 2001). A resistência a anti-helmintos constitui-se num dos principais fatores limitantes à caprinocultura, uma vez que inviabiliza o controle efetivo das verminoses com uso de químicos.
Levando em consideração os danos causados por verminoses nos animais, faz se necessário o exame de OPG (Ovos Por Grama) contagem de ovos de nematoides presentes nas fezes dos animais. Com este exame o produtor tem-se um indicativo do grau de infecção do seu rebanho. O exame auxilia na tomada de decisão quanto ao vermifugo mais eficaz, ou se o mesmo apresenta resistência anti-helmíntica em seus animais. Caso o produtor obedeça corretamente o calendário de vermifugação, dosagens e necessidades, estas ações retardam uma resistência anti-helmíntico por parte dos animais.
A realização do (OPG) alem de testar o potencial do anti-helmíntico utilizado, transparece ao produtor “o grau” do manejo sanitário oferecido aos animais, manejo este que reflete em seu bolso “ao final das contas”. O correto manejo sanitário reduz a incidência de inúmeras doenças oferecendo maior potencial produtivo ao rebanho. Animais saudáveis apresentam maior produção ao serem comparados com animais doentes (alto grau de infestação de helmintos).
E você, prefere “prevenir ou remediar”?
REFERÊNCIAS
AMARANTE, A.F.T. Controle de endoparasitoses de ovinos. In: Produção Animal na Visão dos Brasileiros. Editores Wilson Roberto Soares Matos et al. Piracicaba: FEALQ,. p. 461-473, 2001.
AMARANTE, A.F.T., Controle de Verminose Ovina, Brasília-DF, Revista CFMV nº 34, Janeiro/Abril, p. 19-30, 2005.
DIAGNÓSTICO DAS PARASITOSES DOS ANIMAIS: Método de Gordon e Whitlock (OPG). Disponível em: <http://www.uff.br/diagmsv/index.php?option=com_content&view=article&id=54:gordon&Itemid=60> Acesso em: 10 de dezembro. 2015.
RIET-CORREA, F. et all. Doenças de ruminantes e eqüinos. 2. ed. São Paulo: Livraria Varela 2001. Vol. II, 574p.
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