Por: Rafaela da Silva Santos (Aluna do Curso Técnico em Zootecnia – CETEP/Itororó-Ba)
As abelhas são insetos voadores, conhecidos pelo seu importante papel na polinização. São do Reino Animalia, da classe insecta e pertence à ordem Hymenoptera, são insetos aparentados das vespas e formigas. O representante mais conhecido é a Apis mellifera, criada em larga escala para produção de mel, própolis, geleia real, e veneno. Há mais de 25.000 espécies de abelhas espalhadas pelo mundo, exceto na Antártica, normalmente as abelhas tanto exóticas quanto brasileiras só andam em grupos e são encontradas em habitats onde existem plantas de flores polonizadas por insetos. A alimentação das abelhas é balanceada por fontes de energias, proteínas e outros nutrientes, encontrados no néctar e no pólen. Acredita-se que as abelhas evoluíram a partir de espécies que se alimentavam de insetos cobertos de pólen, levando a crer que por esse motivo teriam passado a preferir o pólen.
As abelhas são formadas por: língua, orifício do tubo excretor, mandíbula inferior, mandíbula superior, lábio superior, lábio inferior, glândula mandibular, abertura da boca, glândula da faringe, cérebro, ocelos, músculos torácicos, asa frontal, asa posterior, coração, saco aéreo, estômago, válvulas cardíacas, intestino delgado, ânus, canal do ferrão, bolsa do veneno, glândula de veneno, etc… A abelha como todo o inseto tem três pares de pernas. A primeira é para limpar as antenas, a segunda serve de apoio para o seu corpo, a terceira é chamada de patas coletoras que serve para mover o pólen. A língua serve como uma esponja absorvendo o néctar da flor. A mandíbula e o maxilar são órgãos responsáveis por amassar as escamas de cera que a abelha expele do abdômen, utilizadas depois para construir os favos, mas a sua única função não é só essa, também é utilizada para abrir as anteras das flores, varrer a colmeia e mutilar os inimigos. O ferrão serve para injetar toxina (apitoxina) no corpo do inimigo, somente as operárias o utilizam para defesa ou ataques. A colônia é composta por 3 classes, 1 rainha, 25.000 á 80.000 mil operárias e 50 á 1000 zangões, a abelha rainha tem como função manter a colmeia unida e efetuar a postura dos ovos fecundados e não fecundados. De acordo com o especialista da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, Gene E.Robison, “apesar de a rainha não dizer a todos o que fazer, ela faz as coisas funcionarem, apenas por estar presente”.
Os zangões só tem uma função na colmeia, fecundar a rainha durante o voo nupcial morrendo após o acasalamento. Já as abelhas operárias é quem cuidam da colmeia, são elas que fazem a faxina, a defesa da colmeia, coletam o néctar do pólen das flores, cuidam da alimentação de toda a família, produzem o mel e a geleia real.
– As abelhas Brasileiras
No Brasil foram encontradas várias espécies de abelhas e as mesmas foram estudadas por Apicultores e especialistas no ramo. Uma das espécies distribuídas pelo Brasil é a “Abelha jatai”, essa espécie tem facilidade de se adaptar muito bem em ambientes da área urbana e rural, são fáceis de manejar, se comportam muito bem em caixas e não requerem muito espaço. Quando o assunto é “Abelha” sempre há julgamento de pessoas que não possuem conhecimentos técnicos sobre as mesmas, “todos” acham que as abelhas são insetos “selvagens”, e que todas se originam da mesma espécie possuindo ferrão. A verdade é que as abelhas com ferrão encontradas comumente no Brasil são espécies híbridas de abelhas europeias e africanas criadas para maior produtividade e resistência. Já as abelhas sem ferrão encontradas comumente no Brasil são espécies do gênero Meliponini, a mais conhecida é a Jataí.
– O mel brasileiro
A produção do mel é feita pelo néctar processado por enzimas digestivas no interior do trato digestório das abelhas operárias, por isso o mel é considerado uma substância nutritiva. Com textura viscosa e sabor adocicado sua composição contém uma combinação de diversos elementos como: glicose, frutose, maltose, lipídios, alanina, arginina, ácido glutâmico e aspártico, cobre, manganês, ferro, enxofre, boro, fósforo, e vitaminas A, complexo B, C, D, e K. O mel brasileiro e seus derivados são considerados entre os mais puros do mundo e tem grande aceitação nos mercados europeu e norte-americano. A composição nutricional do mel depende de muitos fatores como origem do néctar, a espécie de abelha que o produziu, tipo da flor e do solo, e das condições climáticas. Os benefícios do mel puro é que ele ajuda a tratar doenças respiratórias, protege o fígado, reforça o sistema imunológico, entre outros.
Em suma, podemos concluir que as abelhas assumem uma elevada importância na vida de todos os seres vivos do planeta, relativamente ao seu alimento. Assim, a sua extinção iria ter consequências trágicas, não só para a humanidade, mas para a toda a população do Ecossistema Terra.
Best free WordPress theme