– Fazer anualmente a amostragem do solo. Há um grande dinamismo na interação entre alumínio, cálcio, magnésio e potássio e apenas a análise indicará se há necessidade da calagem.
– Seguir corretamente as indicações de um técnico experiente. Isso também evita a supercalagem, o que torna o solo alcalino e provoca um descontrole no aproveitamento dos nutrientes necessários para a planta.
– Preparar o solo muito bem e permitir a total incorporação do calcário, quando o objetivo é implantar uma cultura. A distribuição deve ser feita com antecedência mínima de 60 dias do plantio.
– Temperatura e umidade adequadas são indispensáveis. Distribuindo o calcário em agosto, haverá tempo para que, até o plantio, a calagem tenha atingido seu objetivo principal de corrigir a acidez do solo.
– Se existe um sistema de irrigação, o calcário pode ser distribuído por volta de três semanas antes do plantio, tempo suficiente para neutralizar o alumínio, desde que haja temperaturas elevadas.
– Junho e julho são os meses em que os preços dos insumos estão mais baixos. Vale a pena fazer as compras nesse período.
– No caso de pastagem estabelecida, o calcário só deve ser aplicado com o solo úmido. Ou seja, após uma chuva ou imediatamente antes da irrigação para que a água proceda à incorporação. Outro fator de incorporação é o casco do animal. O pisoteio na área de pastagem ajuda o processo, principalmente em sistemas intensivos, em que a taxa de lotação é maior.
– Para incorporar o calcário numa pastagem formada não é possível aplicá-lo e depois arar e gradear para permitir a incorporação na massa de solo até 20 cm, já que isso acabaria com a cultura.
– Distribuir grandes quantidades numa pastagem formada provocará um excesso de cálcio e magnésio na superfície, o que leva a alterações no metabolismo da planta.
– Sem arar e gradear, o calcário não chegará às camadas mais profundas do solo, o que impede sua absorção pelo sistema radicular de algumas espécies de forrageiras, que chegam a ter raízes com mais de 2 metros de profundidade.
Fonte: Carlos Eugênio Martins. COMUNICADO TECNICO 47, Práticas agrícolas relacionadas à calagem do solo. Embrapa. 2005.
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