A implantação de uma área de pastagem deve sempre ser precedida de um planejamento com as definições que vão nortear as escolhas e ações do produtor até a chegada do momento em questão. Podemos citar como principais pontos a serem levantados pelo produtor a atividade (cultura) a ser explorada na área, o nível de intensificação a ser atingido no final do processo de instalação, qual o tipo de clima da região e a magnitude dos dados meteorológicos (Volume e distribuição da precipitação anual, temperatura média, mínima e máxima ao longo do ano e fotoperíodo ao longo do ano) e quais as características físicas e químicas do solo (tipo de solo).
Um erro que muitos cometem é o de não investigar a fertilidade química do solo. Sem uma análise química de solo não é possível saber qual a capacidade do seu solo de ofertar nutrientes para as plantas que nele serão cultivadas. Esse erro inevitavelmente leva a outro erro que é o da escolha da espécie forrageira da moda. Outro erro que é cometido pela maioria esmagadora é o que podemos chamar de monocultivo forrageiro. Esse erro pode ter impactos devastadores em áreas de pasto que possuem apenas uma única espécie forrageira. No caso de um surto de praga ou doença, por exemplo, toda área será dizimada. Além disso, quando se fala de diversificar as espécies forrageiras estamos atendendo ao princípio visto no parágrafo anterior, uma vez que as áreas da propriedade não são todas iguais em vários quesitos, na maioria dos casos. Mesmo que os erros acima não tenham sido cometidos, se o produtor cometer o erro de não investir em práticas de correção e adubação e adubação do solo que visam neutralizar alumínio do solo e subsolo e fornecer nutrientes em níveis tais que possibilita o adequado estabelecimento da cultura forrageira, todo o processo estará fadado ao fracasso, a não ser que a área possua uma alta fertilidade natural, o que é coisa rara. Vale lembrar que essas práticas são indispensáveis para formação de pastagens e da mesma forma o são para manutenção dos níveis de produtividade das mesmas, de maneira que sem isso o pasto entrará em processo de degradação, inevitavelmente.
Fonte:
Informativo Zoo, vol. 1, ed. 1, 2017.
Prof. Dr. Thiago Pereira Motta
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