A avicultura é um dos meios de cultura mais sensíveis a temperatura. O estresse por calor é responsável por grandes perdas no rendimento de frangos, provocando diminuição do peso corporal e aumento de mortalidade. Essas aves têm seu máximo desenvolvimento entre 18 e 20°C, apresentando temperatura média da superfície da pele ao redor de 33ºC e temperatura interna de 41ºC.
A criação de frangos poderá ser fortemente afetada pela intensa mudança climática nos últimos anos. O estresse por calor é culpado por grandes perdas na eficiência da produção de frangos, Visto que os frangos adultos muito sensíveis a elevadas temperaturas, aumentando o morticínio quando em temperatura ambiente acima de 38°C.
Magda Lima, pesquisadora da Embrapa afirma: Algumas reações aos efeitos da mudança do clima na avicultura incluem a redução do consumo de alimento, na performance de poedeiras, nos níveis de fertilidade; atividade reduzida; aumento da mortalidade e surgimento de doenças. Levando em conta que indiretamente a agricultura, plantação de grãos que é um dos principais componentes da dieta das aves também é afetada pelo aquecimento global.
Alguns pesquisadores já buscam particularidades avícolas tendo em vista uma maior rusticidade ao calor. Uma das raças que vem sendo estudada é a galinha-africana de pescoço pelado, que poderiam participar de cruzamentos para melhoramento de linhagens. Uma solução também importantíssima, que não pode ser descartada é melhorar as instalações, amenizando os efeitos dessas altas temperaturas.
O setor avícola sente muito a necessidade e preocupação com a adaptação que o aquecimento global e mudanças climáticas afetam nos animais de produção. E, como em qualquer produção, com fins econômicos, os pecuaristas precisam se conscientizar sobre a real importância de buscar investir em tecnologias para manterem sua produção e não se depararem com perdas futuras.
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