A produção animal, em grande parte das regiões tropicais, é considerada limitada, por decorrência de dois fatores, pobreza de alguns nutrientes no solo que são essenciais para as plantas e pela variação da produção da forragem que é decorrente da estação chuvosa, que em regiões do tipo, torna-se bastante variável está estação, além disso, gramíneas de regiões tropicais possui qualidade inferior às gramíneas de regiões temperadas.
O consórcio tem como principal objetivo, consorciar duas culturas diferentes em uma mesma área, visualizando o aumento da produção, maior qualidade do alimento, maior rendimento e oferta de alimento, enriquecimento da vida biológica do solo e proteção do mesmo contra a sua degradação. As leguminosas forrageiras tropicais têm muito a contribuir, com a sua capacidade de fixação simbiótica do nitrogênio com as bactérias do gênero (Brady) Rhizobium, conferindo a ela uma grande importância, pela capacidade da fixação do N que é muito importante para o sistema agrícola e pastoril.
A fixação biológica do nitrogênio (FBN) é a principal via de inclusão do N atmosférico no sistema solo-planta (170 X 109 de N/ano) (
Peoples e Craswell, 1992), sendo as leguminosas verdadeiras biofábricas consumidoras de energia limpa e renovável cuja linha de produção é de interesse para muitos sistemas de produção animal e vegetal, sendo, 75% do N fixado oriundo da fixação biológica (Tisdale et al., 1985). A quantidade de N fixado varia com a espécie e com as condições do ambiente (sentido amplo). Acidez do solo, salinidade, deficiências ou excesso de minerais, estresse hídrico, variações na temperatura, a quantidade de N inorgânico no solo, pragas e doenças acabam por afetar a FBN (Ramos et al., 2004).
O melhor desempenho animal em pastagens consorciadas é explicado por apresentarem em geral melhor valor alimentício em relação às gramíneas. Maiores níveis de proteína bruta e de digestibilidade são os atributos mais marcantes (Pereira, 2002).
Mas para a adoção dessa técnica é necessário avaliar alguns pontos críticos do processo, como as diferenças morfológicas entre leguminosas e gramíneas forrageiras, em que as gramíneas são mais eficientes na utilização de água, de alguns nutrientes minerais e apresentam uma eficiência fotossintética mais alta, que resulta na taxa de crescimento e potencial de produção de forragem superior ao das leguminosas (Nascimento Jr., et al., 2002). Ressaltando também sua forma de crescimento e propagação diferenciada, onde a gramínea é mais agressiva e competitiva, pela presença de perfilhos e ramificações, já a leguminosa apresenta grande dependência da planta mãe, custando a possuir vigor e eficiência própria, devendo também levar em consideração um dos principais critérios, estando relacionado à aceitabilidade da leguminosa e gramínea, devendo a gramínea ser mais aceitável do que a leguminosa, para que o animal não pratique a seletividade e passe a consumir mais a leguminosa, diminuindo também a vida útil da área de produção. O manejo deve ser direcionado para favorecer as leguminosas, porém sem comprometer a produtividade das gramíneas, escolhendo uma associação compatível entre a gramínea e a leguminosa, em que as condições climáticas não sejam limitantes, assegurando um suprimento adequado de nutrientes, para aperfeiçoar o crescimento da leguminosa forrageira.
Dentre os benefícios do uso de leguminosas estão à melhor qualidade do pasto; maior ganho de peso animal; economia nos gastos com adubação nitrogenada; recuperação de áreas degradadas; maior cobertura de solo e melhor proteção, além da garantia de um processo não poluente e ambientalmente correto.
REFERÊNCIAS
Consorciação de gramíneas e leguminosas para a produção de bovinos. Zootec 2004, Brasilia DF. Ramos A.K.B.; Karia C.T.; Andrade R.P.; Barcellos A.O.; Vilela L.
Consorciação de gramíneas e leguminosas forrageiras em pastagens. http://www.milkpoint.com.br/mypoint/76960/p_consorciacao_de_gramineas_e_leguminosas_forrageiras_em_pastagens_4249.aspx . Bolson D.C.; Pereira D.H.; Pedreira B.C.;
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Boa tarde, estudo é pesquisa 🔎 sobre consórcio de pastagens e leguminosas, formação de pastagens utilizando plantas da própria região.