Uma equipe de pesquisadores, liderados pela professora de biologia Maria Izabel Camargo-Mathias, da Unesp, conseguiu conter o crescimento de tumores através de um extrato da glândula salivar de carrapatos fêmeas. O estudo foi publicado no fim de 2014.
Os testes realizados em ratos comprovam a eficácia da substância. Células canceríginas eram injetadas na musculatura dos animais e, depois, era aplicado o extrato da saliva dos carrapatos. Após três semanas notou-se que, comparado a outros roedores que não passaram pelo tratamento, as células tumorais estavam controladas.
Ainda não se sabe qual substância presente nas glândulas salivares dos carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus é responsável pela inibição especificamente. Ainda serão necessários mais estudos para saber a composição bioquímica desses extratos.
A princípio, os testes foram feitos em tumores musculares e resultaram em uma inibição de quase 70% do crescimento tumoral. Recentemente a equipe passou a estudar os efeitos da substância no fígado, pulmão e rim, e constatou que o extrato não afeta o sistema fisiológico dos indivíduos. “Não é uma substância anti-cancerígena, por que não mata a célula cancerígena. Mas é uma substância capaz de conter a divisão e crescimento tumoral”, reitera Maria Izabel.
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Fonte: revistagalileu.globo.com acessado em 03/04/2015
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