A garantia da manutenção dos atuais mercados e da abertura de outros, bem como da confiança do consumidor não estão, definitivamente, relacionadas apenas à qualidade da carne mas, também, e cada vez mais, a fatores como o bem estar e à saúde animal, indica a pesquisadora Janice Zanella.
De acordo com a pesquisadora, hoje é impossível tratar da produção de carne sem levar em conta o bem-estar e a saúde dos animais. Na cadeia da carne suína é possível citar um exemplo de como melhorar o bem estar da espécie. As fêmeas suínas produzem pelo menos 14 leitões (podendo chegar a 18) a cada três meses. Nesse caso, há excelência em termos de melhoramento genético, o que pode ser observado pelo número de crias. Mas, as fêmeas não se mantém. Morrem. Fatores como lesão locomotora, frio, medo podem levar à queda da defesa e à morte dos animais.
Janice Zanella comenta que o sistema adotado nas granjas (locais para criação de suínos) brasileiras, no qual as porcas prenhas são mantidas em “gaiolas” individuais, não é mais recomendável. Na Europa, os criadores usam baias coletivas. Nesse caso, embora possam ser observados problemas tais como a competição entre os animais, brigas e até mesmo exemplares mais tímidos não disputarem o alimento, a cientista acredita se tratar de um espaço com melhores condições para o bem estar animal. “Então, precisamos de pesquisas adaptativas e de convencer os produtores e técnicos brasileiros para mudanças”, afirma Zanella.
Fonte: embrapa.br
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