A produção animal, em grande parte das regiões tropicais, é considerada limitada, por decorrência de dois fatores, pobreza de alguns nutrientes no solo que são essenciais para as plantas e pela variação da produção da forragem que é decorrente da estação chuvosa, que em regiões do tipo, torna-se bastante variável nesta estação, além disso, gramíneas de regiões tropicais possuem qualidade inferior às gramíneas de regiões temperadas.
O alto indicie de degradação de pastagens em todo território nacional tem levado produtores rurais a procura de forrageiras que supram esta necessidade, proporcionando maior cobertura do solo evitando posteriores erosões. Espécies do gênero Brachiaria proporcionam uma cobertura do solo com resultados significativos comparados a outros gêneros como o Cenchrus ciliares (capim Buffel) e Andropogon gayanus, em contrapartida estes gêneros exigem menor indicie pluviométrico para seu estabelecimento e sobrevivência. Outro gênero muito utilizado em formação de pastagens brasileiras está o gênero Panicum maximum com maiores valores nutricionais e maior produção de matéria seca por hectare comparados aos gêneros citados acima. Entretanto, cultivares do gênero Panicum maximum exigem altos indicies pluviométricos e um solo com alto potencial produtivo. Confira abaixo características agronômicas dos gêneros citados.
A utilização do consórcio de gramínea x leguminosa tem como principal objetivo, consorciar duas culturas diferentes em uma mesma área visando, o aumento da produção e maior qualidade na forragem ofertada, enriquecimento da vida biológica do solo e proteção do mesmo contra degradação. As leguminosas forrageiras tropicais têm muito a contribuir, com a sua capacidade de fixação simbiótica do nitrogênio com as bactérias do gênero (Brady) Rhizobium, conferindo a ela uma grande importância, pela capacidade da fixação do N que é muito importante para o sistema agrícola e pastoril. O melhor desempenho animal em pastagens consorciadas é explicado por apresentarem em geral melhor valor alimentício em relação às gramíneas. Maiores níveis de proteína bruta e de digestibilidade são os atributos mais marcantes (Pereira, 2002). Dentre os benefícios do uso de leguminosas estão à melhor qualidade do pasto; maior ganho de peso animal; economia nos gastos com adubação nitrogenada; recuperação de áreas degradadas; maior cobertura de solo e melhor proteção, além da garantia de um processo não poluente e ambientalmente correto.
Fonte:
PEREIRA, J.M. Leguminosas Forrageiras em Sistemas de Produção de Ruminantes: Onde estamos? Para Onde Vamos? In:SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DE PASTAGENS, Viçosa, MG. Anais… UFV, pag 109, 2002.
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